[dropcap]P[/dropcap]ara quem acompanha lá no instagram viu que fizemos uma volta do mundo juntamente com Gil Fonseca no mês de Abril terminando no Freddie Awards, e uma das perguntas mais frequentes é como foi que conseguimos fazer tal viagem?
Essa foi uma viagem que saiu quase de graça e vamos mostrar passo a passo de como emitimos toda ela. Obviamente que houve um custo, mas muito pouco comparado caso fossemos pagar uma viagem desse tipo.
Primeiramente vamos aos totais de milhas e pontos por trecho e depois explicaremos a aquisição dessas milhas e pontos.
1º Trecho: GIG – EZE – DOH = 130 mil milhas Smiles (Executiva Qatar Qsuites)
2º Trecho: DOH – PER = 140 mil milhas Smiles (Primeira Classe Qatar)
3º Trecho: PER – SYD = 20 mil milhas AAdvantage (First Suites Qantas Transcontinental)
4º e 5º Trecho: SYD – BNE = PAGO (190 dólares australianos em classe econômica da Qantas)
6º Trecho: SYD – KUL – SIN = 40 mil milhas AAdvantage (Malaysia Business Class)
7º Trecho: SIN – EWR – DFW = 93 mil milhas Krisflyer (Executiva da Singapore no voo mais longo do mundo)
8º Trecho: DFW – MCO = PAGO 123 dólares americanos na econômica da American Airlines
9º Trecho: MCO – VCP – GIG = 75 mil pontos TudoAzul (Classe Executiva da Azul)
No total tivemos:
- 270 mil milhas Smiles;
- 60 mil milhas AAdvantage;
- 93 mil milhas Krisflyer;
- 75 mil pontos TudoAzul.
O custo total somando as taxas de embarque e o gasto com as demais passagem foi de aproximadamente 1.200 Reais considerando o câmbio da época. Agora vamos dizer como adquirimos essa pontuação.
Nós transferimos para o Smiles na última promoção de 100% do Santander uma quantia de 100 mil pontos que chegaram no Smiles em 200 mil milhas. Esses 100 mil pontos do Esfera foram todos acumulados na proporção 6 pontos por dólar gasto na penúltima promoção de metas, ou seja para termos 100 mil pontos foi necessário um gasto aproximado de quase 60 mil reais durante os 4 meses da promoção numa média de 15 mil reais por mês.
Além disso fazemos parte do Clube Smiles 10 mil, pois consideramos os resgates do programa para cabines premium em algumas cias aéreas muito vantajoso como foi o que fizemos acima.
As 60 mil milhas do AAdvantage também vieram da promoção 6 para 1 porém a taxa no AAdvantage era 5 para 1, e com isso foi necessário um gasto no cartão de crédito de aproximadamente 10 mil reais por mês.
As milhas do Krisflyer vieram do Amex Americano que é muito fácil ganhar milhas, pois todas as passagens e hotéis via Amex comprados no cartão são na taxa 5 para 1, porém nos EUA nós utilizamos muitos aplicativos de cashback e sempre emprestamos o cartão para amigos e companheiros de viagem, então aqui fica difícil de mensurar o gasto real, mas estimamos algo em torno de 15 mil dólares americanos para receber quase 100 mil pontos no AMEX, considerando também os bônus do AMEX OFFERS.
Por fim o TudoAzul era o estoque de uma transferência de 110% do Sempre Presente que foi algo em torno de 50 mil pontos, e ainda resta alguns pontos lá, o que estimamos um gasto total de 50 mil reais considerando o tempo.
Somado tudo isso foi preciso desembolsar um gasto total de aproximadamente 150 mil reais em cartão de crédito para produzir todos esses pontos para gerar essa viagem. Mas não foi quase de graça? SIM!
A diferença principal é que esses 150 mil reais (os quais foram gastos ao longo de promoções e tempos diferentes E NÃO SOMENTE DE 1 VEZ SÓ) deveriam ter sido gastos, sejam por mim ou por eventuais pessoas que utilizaram meu cartão.
Se você considerar que não fosse haver gasto do cartão de crédito, não teríamos como desembolsar essa viagem, a não ser pela compra oportuna de pontos, que encareceria demais o resultado final.
Como aquele gasto era obrigatório, o custo real da viagem na parte aérea saiu em menos de 1.200 Reais, porém a pergunta que deve incomodar é: Como fazer 150 mil reais de gasto? Pode ser impossível para alguns, e a verdade é que não é.
Atualmente existem diversas formas para você alavancar a fabricação de pontos via cartão de crédito, principalmente utilizando os aplicativos PicPay, MercadoPago e RecargaPay, e outras oportunidades esporádicas que acabam indo e vindo.
Mas e os hotéis? E aí realmente que entra o custo maior, alguns foram pagos, outros resgatados com pontos e outros maximizados via promoção de 10 para 1 com Submarino Viagens, que inclusive está ocorrendo agora na proporção 12 para 1 clicando aqui.
Então o custo de hotel ficou dentro do razoável não ultrapassando 2,5 mil reais para uma viagem de 20 dias de duração, conforme o croqui a seguir:
Doha = 800 Reais + Pontos;
Perth = 600 Reais;
Brisbane = 400 Reais;
Sydney = Pontos;
Singapura = 200 Reais; e
Dallas e Orlando = 500 Reais.
Esses valores foram descontados o valor dos pontos que vieram juntamente com essas transações.
Com isso, o custo total base de hotel e aéreo para uma viagem de volta ao mundo foi de 1.200 Reais para parte aérea e 2.500 reais para parte terrestre dentro de um período de 20 dias.
Além disso, e isso é o porquê recomendamos todos a tentar conseguir um cartão de crédito americano, nós recebemos cashback em várias transações de alimentação, transporte e hospedagem em função dos aplicativos DOSH, PEI, EBATES, e SHOPKICK, economizando ainda mais.
O motivo desse relato detalhado é mostrar como é possível realmente utilizar dos pontos para economizar e viajar bem ao redor do mundo, pois nem temos condição financeira suficiente para comprar esse tipo de passagem, como alguns fazem e depois dizem que viajam de pontos.
Foi preciso um planejamento extensivo de forma a verificar a disponibilidade de cada rota para que não houvesse estrangulamento, e também tempo para que ficássemos seguro em eventual caso de atrasos, cancelamento ou IRROPS.
Apesar de ter um custo alto final, quase 4 mil reais, o gasto foi infinitamente menor caso tivesse sido feita essa viagem toda paga, e esse relato completo aqui só tem a intenção de mostrar para você como é possível viajar o mundo QUASE de graça. Espero que vocês gostem desse artigo e utilizem a seção de comentários abaixo para dirimir eventuais dúvidas. Um bom final de semana a todos.