[dropcap]C[/dropcap]omo todos vocês já sabem, em 5 dias será muito mais difícil qualificar para o Latam Fidelidade. Caso você não desembolse uma alta quantia para pagar sua passagem, será quase impossível qualificar para o Platinum (OW Safira), que exigirá um gasto mínimo anual de pelo menos 12 mil reais. 

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Caso você tenha a intenção de qualificar para o Black o valor mínimo para gasto passa a ser 40 mil reais, ou seja, só mesmo com ajuda de passagens corporativas. Com isso muitos estão em dúvida em qual programa pontuar a partir de agora.

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A maior perda da categoria elite Black seriam os upgrades ilimitados, mas se analisarmos a frio, podemos perceber que mesmo “ilimitados” a vantagem não é tão grande assim. Primeiro porque é necessário a compra de uma tarifa cara e segundo porque a liberação do upgrade depende de vagas disponíveis na classe executiva. Logo esse maior benefício é mais uma expectativa do que um direito em si.

Mas para quem decidiu deixar o Latam Fidelidade, qual o melhor programa? O Executive Club da British ou o AAdvantage da American Airlines? Na nossa opinião é o AAdvantage e vamos explicar o porquê.

No Executive Club da British é possível chegar a GOLD (OW Esmeralda) com 1.500 pontos, porém são necessários 4 trechos voados na British de forma obrigatória. Além disso os voos com a Latam dentro do Brasil em tarifa baixa acumula 5 pontos, o que demandaria no mínimo 300 trechos voados no ano.

Uma coisa interessante do Executive Club é acumular pontos para receber o status vitalício Esmeralda da aliança Oneworld com 35 mil pontos, o que dá 7 mil trechos voados e nesse caso não necessita de um mínimo de 4 voos da BA por ano, porém esse benefício é voltado para quem viaja mais de executiva/primeira pagante porque acumula pontos numa taxa acelerada. Em um cálculo generoso é possível atingir esse status gastando cerca de meio milhão de reais em tarifas executivas transcontinentais num valor médio de 4 mil reais em cerca de 10 anos, caso a pessoa voe pelo menos 12 vezes por ano.

Por que o AAdvantage é melhor?

No AAdvantage não existe a necessidade de voar um mínimo com a American Airlines, logo você pode chegar a OW Esmeralda voando 120 trechos Latam em qualquer tarifa, todavia nesse caso existe o gasto mínimo exigido de 15 mil dólares a partir de 2019.

No entanto esse gasto mínimo exigido pode ser contornado voando em tarifas executiva ou econômica premium baratas com as parceiras, já que nesse caso você pontuaria o EQD entre 20% e 25% da distância voada. Um excelente exemplo disso é aquela tarifa para Cape Town por 3 mil reais em business com a Latam que gera um EQD de 2000 dólares. Também temos aquelas tarifas em business para a Europa por 4 mil reais que geram EQDs superiores a 3.500 dólares a depender da origem/destino.

Não podemos nos esquecer também das tarifas especiais da Qatar que volta e meia surgem oferecendo Europa – Ásia por valores próximos a 4 mil reais que geram algo em torno de 6 mil usd de EQD, ou seja, apenas 2 tarifas dessas já seria suficientes para chegar bem perto da exigência total de gasto mínimo.

Apesar de você não ter upgrade ilimitado, ao atingir o Executive Platinum você recebe 4 upgrades e tem a possibilidade de receber mais 4 caso voe mais, e esses certificados podem liberar o upgrade para você no momento da compra caso haja disponibilidade, diferente do que ocorre com a Latam. Você também não fica preso a comprar tarifas caras, podendo utilizar o upgrade com a tarifa mais barata existente.

Além disso a rede da American Airlines favorece o passageiro brasileiro com vários voos e por conseguinte com maior possibilidade de upgrade, diferente da British que possui voos limitados e o seu cupom de upgrade só pode ser utilizado com tarifas altas e ainda tem a econômica premium para atrapalhar sua ida para a executiva, já que é necessário a compra de uma tarifa na econômica premium para ir para a classe executiva.

Você ainda tem a opção de utilizar o programa da S7 que te dá o Esmeralda da Oneworld com apenas 75 trechos voados, mas é necessário ao menos 1 trecho voado com a cia aérea russa, ou ainda utilizar a Royal Jordanian que pede apenas 80 trechos voados na Oneworld dentro de um período de 2 anos, com ao menos 2 trechos de voos operados pela RJ. 

Essas são maneiras de conseguir o status Emerald da Oneworld sem a necessidade do gasto mínimo, e pode ser mais fácil do que você imagina, sabendo que os 2 trechos da RJ podem ser voados em 24 meses, e o da S7 em 12 meses para contar para a qualificação.

A questão da escolha:

Essa é a parte mais difícil, escolher qual, caso você não saiba, escolha pelo seu bolso, lembre-se que existem outras cias aéreas no Brasil e torça para que possam vir mais, agora com a medida de abertura ao capital estrangeiro. 

Tanto na Latam como no Smiles a partir de 2019 os programas se modificaram para favorecer quem gasta mais com a cia aérea. Já se foi o tempo de quem voava mais tinha mais benefícios, porém essa onda pode mudar a qualquer momento uma vez que quando você tem dinheiro para gastar com cia aérea você irá escolher a melhor e não a que tem o melhor programa de fidelidade.

E você? Já decidiu o que irá fazer? Deixe sua linha de ação nos comentários para ajudar os colegas a refletirem a respeito.