[dropcap]A[/dropcap]cabamos de receber a seguinte nota à imprensa da Azul:

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A Azul, companhia aérea brasileira líder em destinos servidos no país, relembra que não faz mais parte da associação do setor, a Abear, que representa principalmente o interesse de duas companhia, que concentram mais de 95% das operações em Congonhas. Ao contrário do que a associação diz, a concentração de rotas não traz vantagens ao consumidor. Desde a saída da Avianca da ponte aérea, o preço das passagens daquele mercado subiu em 64%, aponta a Abracorp. A Azul está certa de que os órgãos reguladores serão capazes de manter a segurança jurídica e ao mesmo tempo ampliar a concorrência, favorecendo os consumidores brasileiros.” 

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Agora nosso comentário e opinião a respeito:

É óbvio que quanto menos concentração e mais concorrência é melhor para os consumidores, mas essa não é a verdade por trás da posição da Azul, caso fosse, não aumentasse tarifas quando da extinção da franquia de bagagens, ou então que nunca se associasse a ABEAR.

A verdade é que nesse setor cada empresa só tem olhos para o próprio umbigo e quando vislumbra a oportunidade de capitalizar em cima de algo vem com esse papo de que é para favorecer os consumidores brasileiros.

Somos completamente favoráveis que a Azul opere na ponte aérea sim, mas que ao menos diga a verdade e seja honesta e transparente, que o fará porque é atualmente a rota mais lucrativa do mundo e quer fazer parte dessa operação para ganhar muito dinheiro, e não favorecer o consumidor.

Será muito interessante verificar, se e quando ocorrer a operação da Azul na ponte aérea em questão, como será o valor das passagens aéreas em relação as concorrentes, será que irão de fato favorecer o consumidor ou ficar cobrando valores na mesma faixa atual para apenas ganhar mais dinheiro como as outras cias aéreas?

E que se dê destaque ao fato de que não existe problema nenhum na cia aérea ganhar dinheiro, tem e deve fazer tal, mas que ao menos seja honesta e comunique que tem interesse de entrar na operação da ponte aérea para lucrar mais e não para favorecer o cliente, pois o brasileiro já está cansado de tanta hipocrisia. 

Atualização: Esquecemos de citar que a Azul foi a única cia aérea brasileira contra a abertura de capital estrangeiro para operação de cias aéreas do exterior no Brasil. Se isso não é ser hipócrita, realmente não sabemos o que é.