O tempo sempre mostra a verdade e no caso das milhas não haveria de ser diferente

Estamos no início de uma grande mudança no mercado, e muito disso impulsionado pela ganância em cima de uma pequena brecha nos programas de milhagem que foram tolerados pelas cias aéreas e impulsionados por vendedores de ilusões.

Todos que nos acompanham desde 2011 sabem que sempre fomos contra o comércio de milhas e pontos, o que não se pode confundir com o vendedor ocasional de milhas por impedimento de utilizá-las.

Inicialmente se é preciso apontar um grande culpado, esses são sem dúvidas as cias aéreas, que durante muito tempo não só permitiram o comércio desenfreado de milhas e pontos, como inundaram o mercado e celebravam acordos sigilosos de vendas de pontos para empresas como 123 milhas e Max Milhas.

Mas até o momento ninguém cobrou aqueles que te ensinavam a ganhar renda extra com milhas e pontos, a famosa renda passiva, os 20% ao mês que o banco esconde de você, o saque vitalício no cartão de crédito, fazer o banco chorar, entre outros.

Nós da equipe do Mestre das Milhas temos muito orgulho de ter lançado nossos curso sempre combatendo a ideia de renda extra com milhas e pontos, e sempre mostrando a sua utilidade para viajar a um preço acessível.

Na última semana mesmo lançamos um compilado de todo nosso material de forma atualizada denominada CENTRAL DO VIAJANTE por um preço ao alcance de todos com o único objetivo de ajudar a todos a entenderem de verdade o que pode-se ou não fazer com as milhas e pontos, e como utilizar essa ferramenta ao máximo.

Sempre alertamos aqui para os “gurus” que aparecem no Instagram ou Tiktok prometendo a tão famosa “renda extra”, onde no final sempre apontamos que tal renda extra poderia se tornar uma dívida extra. E o que aconteceu? 

Sofremos xingamentos, denúncias dos mais variados tipos por estar “atrapalhando” o negócio alheio, entre outras baixarias, as quais quase sempre permanecíamos em silêncio.

É triste observar agora diversas pessoas aflitas não sabendo se irão receber no dia de amanhã ou se é que irão receber.

Prestamos solidariedade a todos os afetados, mas não podemos deixar de registrar aqui que nós cansamos de avisar. 

Sempre alertamos que tal comércio desregulado iria impactar nos emissores de pontos, que como bem observamos ao longo da história apenas desvalorizam seus produtos, benefícios e valor.

Quem vai sair muito bem dessa história toda serão as cias aéreas que irão posar de “boazinhas” afirmando através de nota da ABEMF e ABEAR que sempre presaram pelos clientes e que tal prática impacta na atividade deles, e que querem somente a felicidade do cliente, enquanto por trás financiavam até influenciadores em palestras sobre renda extra e vendiam pontos diretamente para tais empresas em perigo nesse momento.

Não podemos nos esquecer ainda dos sites grandes que divulgaram tais empresas sempre recebendo comissão pela venda, sites esses que são muito bem vindos na casa das cias aéreas, tratados com pompa, e agora Dona LATAM? Dona Azul e Dona GOL? 

A Dona Livelo fazendo live e patrocinando influenciadores que vendem a ideia de renda extra, que vergonha. Agora triste mesmo é ver quem vai ser prejudicado de forma permanente no final de tudo, e essa pessoa será você que comprou aquele curso ou foi aquele evento ou ainda acreditou naquela promessa de saque vitalício.

É muito triste porque a corda arrebenta sempre para o lado mais fraco, o lado que sempre defendemos aqui, porque desde o início do site o nosso objetivo sempre foi ajudar você a viajar mais, da melhor forma possível, sempre pagando o menor valor e economizando ao máximo.

E essa postura nos rendeu muitos ataques nos bastidores, e muitos sabem disso, inclusive recebemos um desabafo de um ex-funcionário de um site grande sobre tal assunto, que dizia que o Mestre das Milhas era altamente atacado, mesmo nenhum integrante desse site tendo algum tipo de conhecimento sobre o site ou seu autor.

Foram tantas teorias da conspiração, polêmicas, intrigas, mas o fato de você ter liberdade e não depender financeiramente de “empresas patrocinadoras” permite que o site seja livre e autêntico. Você pode até não concordar com uma opinião ou outra, mas saiba que essa é autêntica e não comprada, como por exemplo o caso do Rio Galeão, em que somos a favor sim da redução de voos do SDU, é nossa opinião, e você pode ter outra, tudo bem, mas ninguém despejou dinheiro aqui para “comprar” essa opinião.

Essa e tantas outras, e muitas ainda que estão por vir irão gerar debates e isso é muito saudável, discutir ideias, sempre sem agressão, é o que nos faz evoluir e sempre melhorar. Nós evitamos ao máximo aqui apagar comentários porque acreditamos num local livre para que todos possam contribuir e aprender juntos.

A grande verdade é que como clientes ou passageiros, todos nós, somos reféns das cias aéreas e programas de fidelidade, fazendo apenas aquilo que pode ser feito ou autorizado, pois não existe “jeitinho” para remarcação sem multa ou embarcar sem bilhete ou ainda dar um jeito para emitir algo sem disponibilidade.

Nós enfrentamos muitas dificuldades e todos esses que se amontoaram em volta dos programas de fidelidade para tirar proveito financeiro com anuência das cias aéreas sabiam que mais dificuldades iriam surgir, mas eles só estavam preocupados em vender cursos e passagens até onde fosse possível visando o próprio lucro.

Embora acreditamos que isso não terá resultado prático, seria muito bom ver alguma forma de responsabilidade recair sobre quem estimulou tal prática enganosa, principalmente por aqueles “patrocinados” pelas cias aéreas, inclusive convidados para os eventos como se celebridades fossem. 

E agora Livelo? E agora Latam? E agora GOL e Azul? Ainda vão continuar patrocinando quem ensina ganhar renda extra com suas milhas e pontos? Irão continuar validando sites que indicaram venda de passagens e pacotes flexíveis? Me parece que sim. Como vocês querem trazer seriedade para o mercado apoiando aqueles que ao indicar esses produtos criticados por vocês mesmo destruíram o sonho de viagem de muita gente? Tomem vergonha na cara!