A questão da liberação de entrada para os EUA

[dropcap]E[/dropcap]stamos recebendo muitas mensagens em função da divulgação da última proclamação presidencial em que o Presidente Biden apenas reforçou a exigência de teste RT-PCR negativo para ingresso nos EUA e quarentena de 14 dias.

Conforme Gary Leff noticiou e explicou aqui, a quarentena precisa de uma regulamentação extra do CDC sob pena de se tornar ineficaz, ou seja, somente no papel, e dificilmente o CDC irá apresentar um protocolo até o dia 26 de janeiro próximo em menos de 4 dias.

Além disso está havendo uma confusão enorme sobre a questão de restrição de passageiros oriundos do Brasil, Reino Unido e Europa, que até o dia 25 de janeiro NÃO podem ingressar diretamente nos EUA, devendo realizar uma parada em algum local que NÃO tenha restrição como o México por exemplo.

Ocorre que um dos últimos atos do ex-presidente Trump foi terminar esse tipo de restrição, pois essa é uma medida “burra” e “ineficaz”, pois qualquer um pode ir para Cancún por exemplo, se infectar lá e levar o vírus para os EUA. Por isso foi implementada uma medida mais inteligente de exigir o RT-PCR negativo 72h antes do embarque, ou RT-PCR positivo de 15 a 90 dias anterior ao embarque mais atestado médico de recuperação da COVID.

Hoje já é dia 22 de janeiro, e nesse EXATO MOMETO, até que ocorra uma alteração, os viajantes do Brasil poderão embarcar diretamente para os EUA no dia 25 de janeiro, ou seja, para que isso NÃO aconteça é necessário outro decreto presidencial implementando um novo travel ban.

Isso pode ocorrer? SIM! Mas se acontecer, será uma medida sem sentido, pois brasileiros poderão continuar entrando nos EUA via algum país sem restrição com adição do PCR negativo. 

No entanto implementar essa medida é completamente descabido, pois se o passageiro apresenta os exames exigidos NÃO existe a necessidade de realizar quarentena anterior ao ingresso naquele país, pois isso é simplesmente estúpido.

Também, o atual presidente foi eleito pregando a união, e existem diversas famílias separadas em função dessas restrições, pois nem todos tem condição de passar 15 dias no México ou outro país irrestrito.

Sim, a grande imprensa, no caso do Jornal Nacional divulgou hoje que o Travel Ban deve continuar, porém o único indicativo que leva a acreditar nisso foi um tweet da atual porta-voz do governo, mas sabemos que a administração ainda está se organizando e a resposta pode ter sido um pouco exagerada apenas para contestar o ex-presidente Trump.

Quais são os fatos até o momento?

  • Trump finalizou o Travel Ban a partir do dia 26 de janeiro; 
  • Biden elaborou um decreto requerendo o uso de máscaras, RT-PCR para ingresso nos EUA, e quarentena na chegada;

Logo, caso tudo permaneça como está, os EUA estarão recebendo brasileiros em voos direto do Brasil a partir do dia 25 de janeiro, que estarão pousando naquele país no dia seguinte.

De novo, pode mudar? SIM, pois cada hora, cada um inventa algo. Mas se o atual presidente seguir estritamente a ciência deixará tudo como está nesse momento, pois são medidas baseados em fatos científicos com eficácia comprovada para diminuir a propagação da disseminação do novo corona vírus.

Todas as medidas serão revistas no 100º dia de governo e algumas poderão ser relaxadas a depender de como se encontrará a situação da pandemia nos EUA naquele momento. 

Com relação a passagens, existem políticas de flexibilidade, e a United por exemplo está procedendo o reembolso integral caso exista uma restrição ativa até 10 dias antes do embarque. 

Cada um deve fazer o que acha melhor para si, observando suas particularidades e lembrando que ainda estamos vivendo um momento de pandemia. Se ficou alguma dúvida deixe nos comentários abaixo.

Eloy Fonseca Neto

Eloy da Fonseca Neto é apaixonado por viagens, e utiliza dos programas de fidelidade para levar sua família ao máximo de lugares possível. Criou o Blog Mestre das Milhas ao notar a falta de informações sobre pontos e milhas no Brasil, com a intenção de auxiliar a todos para que possam realizar cada vez mais viagens, e sempre ao lado de seus entes queridos.

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