As cias aéreas brasileiras fazem dos seus clientes reféns e infelizmente muitos não conseguem entender isso ou o grau de judicialização no país. Entendemos que o lucro é importante e esse nem é o teor desse artigo, mas os artifícios para dificultar a vida da cliente frequente e leal.

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Um leitor do site nos chamou atenção porque ele precisa fazer uma viagem do Rio de Janeiro para GRU com o objetivo de conectar com seu voo internacional no dia 22 de novembro desse ano. 

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O valor das passagens nessa época estão altíssimos, cerca de 1 mil a 2 mil reais, e até aí tudo bem. Ocorre que ele é cliente DIAMANTE/CLUBE SMILES e gostaria de utilizar o teto diamante, mas o voo que está à venda não está disponível com milhas. Vejam só:

Veja que somente 2 voos estão disponíveis, o G3 1083 e o G3 1533, sendo o que ele precisa para conectar a tempo o G3 1079, que está a venda. E qual o problema disso tudo?

Ora, há um tempo atrás o Smiles garantiu que se houvesse venda de assento na GOL, o mesmo seria refletido no Smiles, e como esse leitor é diamante ele gostaria de utilizar um benefício que ele conquistou e está regularmente publicado, mas é impedido porque o Smiles simplesmente está bloqueando a emissão daquele voo.

E perceba você que o voo não é para amanhã ou a próxima semana, mas sim para daqui a 23 dias, pouco mais de 3 semanas.

Então, quando recomendamos aqui utilizar os programas estrangeiros, evitar os brasileiros, se deve por situações como essa, que é uma falta de consideração do programa para com seu passageiro mais fiel.

A cia aérea tem todo direito de cobrar o quanto ela quiser, seja em dinheiro ou seja em milhas, mas a partir do momento que ela oferece um benefício para o seu passageiro frequente, acreditamos que isso deva ser respeitado, igualmente quando o CEO do programa se manifesta dizendo que a cobrança de milhas é elevada, pois desde que um assento esteja à venda, o cliente do programa também terá disponibilidade pagando mais milhas, o que se mostra que não é verdade, conforme a comprovação acima, e qualquer um pode comprovar isso, pois não é algo exclusivo desse voo específico, acontecendo em diversas outras situações.

E ao ler isso, os executivos dos programas ficam “chateados”, alegando que estamos “falando mal” do programa, quando na verdade estamos demonstrando um fato que é a realidade do programa e de fato é uma falta de consideração com seu cliente mais frequente.

Como disse anteriormente, nada disso teria problema se houvesse transparência, ou pelo menos o programa assumisse que nem todos os assentos estarão disponíveis com o uso de milhas, só que a narrativa é justamente outra, que acaba se tornando uma propaganda enganosa.

É muito ruim ter que escrever isso, pois gostamos do programa Smiles, e sabemos que existem diversas oportunidades de resgates muito interessantes por lá, inclusive fiz uma recentemente, que em breve permitirá trazer novo conteúdo para vocês, mas esse tipo de situação precisa ser exposta.

Infelizmente a oferta está bem reduzida desde a pandemia, e a demanda super aquecida, exatamente como previmos durante o ano de 2020, só que isso não será sempre assim, e uma hora o ponto de inflexão irá chegar, só que ao invés de fidelizar mais os seus clientes, as cias aéreas e aí tanto brasileiras como estrangeiras, estão tentando tirar o máximo dos seus passageiros.

Agora era a hora de reforçar os programas, mostrar estabilidade e consideração pela lealdade, pois quando a curva da demanda virar, e vai virar, aquelas cias aéreas que souberam cativar o seu público terão a preferência de negócios, bem como melhor avaliação, pois como sempre dissemos aqui, uma vez que o valor é igual, o que conta é o customer service.

E você? Já passou por situação como essa? Ainda sim prefere juntar pontos nas cias aéreas nacionais?