O programa Smiles da GOL acaba de enviar um email à sua base de clientes condenando o comércio de milhas. Além de confirmar que tal prática é contra o regulamento do programa, a empresa faz um apelo para que seus usuários evitem entrar nesse esquema.
Já discutimos muito aqui sobre esse tópico, e depois de muito analisar e estudar o “caso Brasil”, é possível chegar a conclusão de que os próprios programas são os causadores e fomentadores de tal comércio de milhas, pois sempre foram muito coniventes inclusive tendo contratos exclusivos e sigilosos de venda de milhas e pontos à Max Milhas e 123 Milhas como foi confirmado na CPI das pirâmides digitais.
Então, atualmente é muito fácil condenar tal prática, mas existem diversos meios de se coibir isso, porém os programas não o fazem, e por quê isso? Porque eles mesmos lucram com isso. A partir do momento que você deixa de prestigiar quem voa frequentemente numa tarifa pagante, e passa a estimular quem gasta mais, a empresa está alimentando esse tipo de atitude.
Gostaria muito de participar de um podcast ou bate papo cara a cara com os executivos dos programas, pois é muito fácil verticalizar decisões, do que escutar a base de clientes e como gerenciar um programa de fidelidade da maneia correta como faz a American Airlines.
Perceba você que a PAGOL compra milhas, porém a um preço bem baixo, dos usuários do programa Smiles, ou seja, a própria GOL pode comprar milhas dos seus clientes, mas esses estão proibidos de vender à terceiros? Que negócio da China, pois assim fica muito fácil.
Enfim, tal email do Smiles pode sugerir uma maior fiscalização, e embora vender milhas possa ser contra regras do programa, ainda não é contra a lei, logo se você paga por aqueles pontos, por que a proibição de vendê-los?
Desde o início do site, nós somos contra a venda de milhas e pontos, não do ponto de vista comercial, mas do ponto de vista do que é melhor para o usuário, pois cansamos de dizer que milhas e pontos valem mais do que dinheiro, pois ao vender tal ativo, você estará trocando experiências incríveis por um trocado, mas cada um sabe de si e o que é melhor para seu perfil, e todos tem o direito de fazer aquilo que não é proibido em lei.
E você? Qual sua opinião sobre o atual comércio de milhas e pontos no Brasil?