[dropcap]D[/dropcap]esde o início da pandemia acreditava-se que pelo menos em novembro de 2020 a situação poderia estar melhor, porém o que estamos observando e o fechamento de países europeus e uma possível restrição prolongada aos viajantes brasileiros pelo mundo.

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Já estamos em novembro e não existe por exemplo perspectiva de abertura dos EUA/Canadá, principalmente com a vitória do Joe Biden se aproximando, caso tudo seja mantido como está nesse momento às 13h horário de Brasília.

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Com isso cabe a pergunta de como ficarão aqueles pacotes vendidos a valores baixíssimos lá atrás por algumas empresas. Japão está fechado, EUA está fechado, sendo apenas Dubai aberto, mas a empresa irá honrar o pacote de apenas 2 mil reais (menos de 350 dólares) para uma semana nos Emirados e mais hotel? Lembrando que só as taxas de embarque valem pouco mais de 50 dólares, o que coloca 300 dólares para custear a passagem e mais hotel.

Existem dois cenários possíveis, o pessimista, tudo continua fechado e a viagem não será possível, forçando você a trocar o então pacote por um crédito ou solicitar um reembolso em 12 meses. 

Já o otimista seria a abertura de tudo e o uso desses pacotes, o que parece estar cada vez mais distantes haja vista a tendência de lockdown nos países europeus.

Porém o mais importante é o que podemos fazer daqui pra frente, tendo observado essas tendências e as atuais restrições ativas, será que vale a pena comprar passagens para Natal e Réveillon como algumas outros empresas estão anunciando?

É preciso tomar muito cuidado e olhar sempre para a política de flexibilização da cia aérea, porque até cerca de outubro, comprar passagens valia muito a pena em função da mudança sem custo, porém a maioria das empresas agora, embora não cobre taxa de remarcação está cobrando diferença tarifária.

Então nossa recomendação é justamente para não arriscar na compra ou emissão de passagens para locais “restritos”, em função dessa imprevisibilidade. Quem comprou lá atrás, como foi o meu caso, tenho até 23 de março de 2021 para remarcar uma passagem muito vantajosa, o que me permitirá viajar até 22 de janeiro de 2022.

Então é preciso observar o seu perfil, as políticas de flexibilidade, as restrições atuais e entender toda essa equação para que você não fique no prejuízo. A recomendação é evitar a compra de passagens para destinos “restritos” por mais atrativo que a tarifa seja.

Um exemplo pessoal foi a tarifa aqui divulgada para Salt Lake City de 4 mil reais em classe executiva da American Airlines, que tinha disponibilidade até final de novembro, e tudo indica que não haverá possibilidade de ir, então caso seja a intenção remarcar deverá ser pago a diferença tarifária, e atualmente a passagem mais barata é 17 mil reais, já se a intenção for reembolso, o mesmo deverá ser feito em 12 meses, ou ainda ficar com o valor em voucher de crédito na cia aérea (melhor opção)  e aguardar uma próxima oportunidade para emitir outra passagem.

No entanto, em todas as possibilidade mencionadas acima, a cia aérea irá reter o seu dinheiro, e isso nunca é bom, por isso sempre verifique a sua necessidade adequada ao seu perfil. Iremos continuar divulgando tarifas interessantes, mas pedimos a sua compreensão para fazer uma análise pessoal e entender se tal tarifa será boa ou não para você.

O cenário está muito imprevisível e os mais conservadores acreditam que 2021 será um ano também “descartável”, só mesmo sendo possível começar uma retomada em 2022. Alguém aí vai arriscar planejamento para 2021 ou irá aguardar algum sinal mais forte antes de qualquer planejamento?