Os programas de recompensas das quatro maiores companhias aéreas dos EUA (Delta Airlines , American Airlines, United Airlines e Southwest Airlines) estão sendo investigados pelo Departamento de Transporte dos EUA, anunciou a agência na quinta-feira. Você pode ver a reportagem do Jornal O GLOBO clicando aqui.
O departamento solicitou que as companhias aéreas enviem relatórios sobre seus programas em até 90 dias. O objetivo é que o governo obtenha uma melhor compreensão de como os consumidores “são impactados pela desvalorização de recompensas conquistadas, preços ocultos ou dinâmicos, taxas extras e redução de concorrência e escolha”, disse o órgão, em comunicado.
Embora as consequências potenciais não sejam claras, os reguladores federais podem exigir mudanças que podem interromper os lucros das transportadoras e emissoras de cartão de crédito, além de remover uma opção de viagem valorizada por muitos consumidores.
Como parte da investigação, as transportadoras terão que fornecer informações detalhadas sobre seus programas de recompensas — que abrangem cartão de crédito, incentivo ao consumidor, fidelidade e programas de passageiro frequente — incluindo quaisquer mudanças feitas nos últimos seis anos, reclamações recebidas de clientes e o impacto das fusões nos programas.
É muito importante esse tipo de investigação, pois um eventual resultado em prol do consumidor pode ter impactos aqui no Brasil, pois todos os programas mencionados anteriormente, com exceção do Southwest Rapid Rewards, atuam em território brasileiro.
Infelizmente por aqui no Brasil não há qualquer tipo de esforço dos órgãos competentes para proteger o consumidor/passageiro, muito pelo contrário, tudo que acontece tem prejudicado, como a questão da cobrança abusiva das malas, taxa de combustível, fim de parcerias e desvalorização de milhas sem qualquer tipo de aviso prévio.
Acaba que resta ao consumidor recorrer à Justiça para fazer valer o seu direito, e mesmo assim, ultimamente a questão da judicialização tem sido altamente criticada pelos CEOs das aéreas, lembrando que só se pode recorrer à Justiça caso exista falha na prestação de serviço.
Uma investigação desse porte aqui no Brasil seria muito bom e vantajoso para todos os consumidores/passageiros.
Já nos EUA, a Airlines for America, que representa as principais companhias aéreas dos EUA, disse que milhões de pessoas aproveitam as vantagens que recebem de seus programas de fidelidade.
“As transportadoras dos EUA são transparentes sobre esses programas, e os formuladores de políticas devem garantir que os consumidores possam continuar a receber esses benefícios importantes”, disse o grupo.