Em algumas horas acontecerá o Apocalipse da American Airlines, o fim do AAdvantage, como melhor programa de fidelidade do mundo. E por que fim? Porque era o último programa puro de fidelidade, que passará a ser um programa de “cash back”, e perderá o título de fidelidade, uma vez que o novo programa estimulará justamente a infidelidade. E por que isso é um erro da American? Porque o AAdvantage era o “fiel” da balança, justamente aquele instrumento que poderia manter você fiel a American, uma cia aérea que apresenta várias defeitos como por exemplo muitos atrasos, cancelamentos, diversos problemas mecânicos na sua frota, um serviço reconhecido mundialmente como arrogante e soberbo, além da péssima qualidade da comida a bordo, bem como salas vip fracas comparadas a outras cias aéreas.
Então, fica claro, que o que sustentava a American em grande parte era o seu programa de fidelidade. E como será daqui pra frente? Acabou a fidelidade! Será melhor pegar o voo mais em conta, e com menos conexão possível, pois você receberá as milhas pelo que pagou, ou seja, um “cash back”. Então vamos falar em números, e acompanhem o raciocínio abaixo:
Um passageiro esporádico que viaja com a família uma vez por ano e não tem Status receberia em média 10 mil milhas por ano, o que lhe permitira viajar com a sua família no 7º ano de forma gratuita quando então ele e toda sua família tiverem acumulado 60 mil milhas, o que dá uma viagem em classe econômica saaver. Então vejamos mais detalhadamente:

HOJE: 
Passageiro Esporádico receberá:
– 1 Viagem gratuita a cada 6 anos;
– Considerando o gasto de 800 USD em média por passagem, o passageiro dá um revenue pra AA de 4.800 USD, para que então possa receber uma passagem “grátis”.
AMANHÃ:
Para se obter 60 mil milhas, sem status, será necessário gastar em dólares americanos a quantia de 60.000/5 = 12 mil dólares, ou seja, somente após 15 anos esse passageiro esporádico receberá 1 passagem “grátis”. Uma lástima!
Interessante notar que se o passageiro resolver mudar de cia aérea devido ao programa, a AA não só não irá ganhar os 12 mil dólares, como também irá perder os 4.800 dólares que ela já recebe em função da fidelidade daquele passageiro.
Alguns conhecidos alegam que o programa da American era por demais generoso, o que eu discordo radicalmente, e o raciocínio acima prova isso. Considero um programa normal, e em busca de um lucro inalcançável a administração resolveu simplesmente destruir a fidelidade, e “maquiar” seu programa para que possa parecer com algo de fidelidade, mas não o será.
Agora vamos para uma análise mais técnica e avançada considerando um viajante super frequente e de negócios. Vou dar logo um exemplo bem oposto ao de cima. Consideramos um passageiro que viaja para Ásia, Oceania, e Europa 2 vezes por ano para cada continente. Vejamos abaixo:
HOJE:
Europa via EUA em Executiva: 18 mil milhas base + 18  mil milhas Status máximo + 9 mil milhas bônus da Classe = 45 mil milhas por viagem x 2 = 90 mil milhas (Gasto médio de 6 mil USD)
Oceania via EUA em Executiva: 30 mil milhas base + 30 mil milhas elite + 15 mil milhas bônus da Classe = 75 mil milhas por viagem x 2 = 150 mil milhas (Gasto médio de 15 mil USD)
Ásia via EUA em Executiva: 28 mil milhas base + 28 mil milhas elite + 14 mil milhas bônus da Classe = 70 mil milhas por viagem x 2= 140 mil milhas (Gasto médio de 10 mil USD)
Com 31 mil USD, esse passageiro recebeu 380 mil milhas, o suficiente para o mesmo levar sua família para a Polinésia Francesa em Classe Executiva Saver.
AMANHÃ:
Para receber 380 mil milhas, serão necessários 34.500 dólares, ou seja, quase nenhuma diferença, mas existe uma cláusula de limite nos bilhetes por acúmulo de milhas, ou seja, supondo que o passageiro pague 7.500 USD num bilhete de classe executiva para a Austrália, como no exemplo acima, supostamente ele poderia receber 82.500 milhas, mas muita gente não sabe que o máximo permitido por bilhete é de 75 mil milhas.
Então qualquer valor acima de 6.818 dólares americanos irá pontuar o mesmo, por exemplo, uma passagem de 10 mil dólares irá pontuar o mesmo que uma passagem de 20 mil dólares, então por que gastar mais? Não tem sentido!
E aqui que entra o critério mais importante, o que você acha que o passageiro de negócios pretende gastar? 5 mil USD na passagem executiva da Qatar, ou 5 mil USD na passagem executiva da American? Acho que não tem muito o que pensar. 
CONCLUSÃO
Podemos fazer diversos modelos aqui e todos serão contra a American no que diz respeito a fidelidade, a saber que o melhor a ser feito a partir de amanhã é escolher outro programa de fidelidade, onde então apontamos aqui o acerto do Latam Fidelidade.
O Modelo Revenue, em pontuar por gasto não é ruim, mas é necessário direcionar esse escopo para o mercado mais atraente, como por exemplo para o mercado doméstico, onde os voos geralmente são curtos, e quanto mais você paga, mais você ganha, no que pode estimular de fato passageiros a comprar tarifas mais flexíveis, para então pontuar mais.
Mas por que pontuar? Por causa das oportunidades de resgate. Existem premiações que mesmo para o viajante frequente seria quase que impossível um gasto em passagem como aquela, como por exemplo uma primeira classe da Etihad, ou Qatar, ou Qantas, que são valores muito altos, mas que com uma pontuação razoável você consegue experimentar um pouco dessa extravagância. 
Então, o objetivo de pontuar, na maioria dos casos, é justamente fazer aquilo que você não conseguiria normalmente, e necessita do auxílio de pontos para então atingir o seu objetivo. E foi justamente nisso a grande sacada do programa LATAM, onde preservou o acúmulo de milhas por base em distância para voos internacionais, o que ajuda tanto o viajante esporádico, como o viajante por negócios.
O Latam Fidelidade é atualmente o único programa híbrido do mundo, onde faz revenue no mercado doméstico, e distância em milhas no mercado internacional, e sem a necessidade de um gasto mínimo para se atingir o status elite, e sim apenas requer condições de exclusividade para se atingir o status máximo diferenciado, o Black Signature, que é pouco diferente do Black, que é facilmente atingível por quem viaja pelo menos 5 vezes ao ano para fora do Brasil.
Logo, retirando o problema técnico de crédito de parceiras no programa de fidelidade, o Latam passa a ser o melhor programa de fidelidade do mundo, quem diria, pois tem benefícios consistentes como upgrades ilimitados para o nível elite máximo no Gate se houver disponibilidade, e remuneração de milhas por distância a nível internacional, permitindo um menor investimento dos viajantes para resgatar prêmios. 
Com isso, a partir de hoje, é a nova indicação do Blog acumular pontos no Latam Fidelidade, caso você vá voar na Oneworld, pois o AAdvantage morreu, e não mais apresenta condições favoráveis para os seus clientes. E não pensem que o programa era generoso demais, e está se adequando a realidade. NÃO! O programa era normal, e está criando uma nova realidade simplesmente para auferir mais lucros sem considerar a fidelidade do seu cliente, o que é uma pena, ver o primeiro de todos os programas de fidelidade tomar esse rumo em função da ganância da sua atual administração. 
É muito ruim também que o Latam não ofereça um match, para arrecadar esses clientes insatisfeitos com o novo programa da American, o que lhe faz perder uma grande oportunidade de agregar novos membros de forma instantânea, mas é bom destacar que mesmo começando do zero, o Latam Fidelidade passará a oferecer benefícios, e prêmios mais vantajosos e atraentes do que o AAdvantage em algumas horas. É então em função desse erro da American que declaro morto aqui o AAdvantage, e recomendo a utilização do Latam Fidelidade em função desse acerto da Latam. Lembro também que como sempre digo aqui, cada programa funciona de forma diferente para cada pessoa, e essa recomendação é baseada em critérios genéricos, médios, e estimados, podendo a referida indicação não ser a melhor para você. Boa Viagem.
EXEMPLO DE PORQUE PONTUAR NO LATAM FIDELIDADE E NÃO MAIS NO AADVANTAGE:
Para resgatar uma classe econômica para os EUA serão necessários 60 mil pontos no AAdvantage, um gasto de 12 mil dólares em passagem, fora as taxas e impostos.
Já no Latam Fidelidade, por vezes é possível ir aos EUA em classe econômica por menos de 60 mil pontos, mas considerando o valor normal de 60 mil pontos serão necessários 6 viagens de ida e volta aos EUA, o que em média dá o valor de 4.800 dólares, sem contar o nível elite, promoções de milhas e tarifas, entre outros.
Com isso é claro que pontuando no Latam Fidelidade você poderá resgatar voos de forma mais rápida do que pontuando no AAdvantage, e além disso os níveis elite do Latam Fidelidade não exigem gasto mínimo.