Tenho recebido inúmeros emails sobre qual programa seguir esse ano, porém mais numa tentativa de reconfirmar o que a pessoa quer. Em função do Bug da AA, muitos conseguiram a categoria elite Executive Platinum, e Latam Fidelidade Black no ano de 2016, e tenho percebido nesses emails enviados, que as pessoas não querem abrir mão do status, então ficam procurando motivos para que eu motive a sua requalificação, porém não seria bom se eu fizesse, por dois motivos que explico a seguir.
Primeiro, ambos os programas da American e da Latam pioraram bastante, e todos os dois só abrem disponibilidade para upgrades no gate, logo o que os programas vendem é mais uma “promessa” do que um benefício assegurado. Na Latam você tem ilimitados upgrades, porém os valores de executiva tem sido tão atrativos, que você corre o risco de nunca receber o upgrade. Na American, você recebeu somente 4 ou 8 se voou um pouco mais, o que é muito pouco, e também você corre o risco de perder porque dificilmente existe disponibilidade.
Segundo, ambos os programas estão com uma qualificação mais rígida, sendo a AA exigindo gasto mínimo de 12 mil dólares, algo que pode ser contornado voando parceiras, mas ainda sim vai exigir que você desembolse muito, e a Latam introduziu o fator multiplicador que diminui a qualificação elite em classe econômica, embora caso você voe 6 trechos em classes premium basta atingir apenas 60 mil milhas, mas mesmo assim, isso faz com que você desembolse mais dinheiro.
Logo, esse negócio de status, principalmente a partir desse ano, não considero algo de valor, sendo na minha visão, o único benefício garantido o acesso a sala vip, que você pode contornar com um bom cartão de crédito. Então minha recomendação é para que você não jogue dinheiro fora, se der para qualificar deu, se não der paciência, qual a pior coisa que pode acontecer? Perder algo que você nunca teve? As cias aéreas contam com esse apego psicológico justamente para manter vocês irrigando elas com dinheiro. Quem aqui nunca voou desmotivadamente apenas para conseguir chegar a um status? E qual foi o reconhecimento que a cia aérea teve com você em função disso? Antes era muito valioso sim manter o status, mas essa época infelizmente acabou, e eu mesmo não irei buscar requalificação esse ano, apenas manter o ritmo de viagens necessárias, e ver no que vai dar. 
Não se apeguem ao status, pois esse é o combustível que a empresa aérea alimenta você. A maioria de vocês devem conhecer o Flyertalk ou Milepoint, e uma coisa muito engraçada e constatação disso é quando o sujeito recebe o Concierge Key ou outro similar como o Premier da BA, ou Chairman da Qantas. A pessoa praticamente entra em estado de transe e começa a gastar até o que não tem para manter o status, e quando o mesmo é revogado vem a depressão, e o que a pessoa faz? Gasta mais dinheiro viajando para conseguir o convite de volta. Eu, particularmente, conheço um caso assim, em que a pessoa não tem nenhuma necessidade de viajar, mas compra um bate e volta para Hong Kong em Classe Executiva na esperança de manter/renovar o convite do Concierge Key. 
Tem um grande amigo meu que na época da faculdade costumava dizer para não ter pena de si mesmo com relação aos estudos, já eu inverto essa frase dele para a questão de status, e digo: “Tenham pena de si mesmo”, pois você acaba desembolsando um valor violento para receber um rótulo, e ter a promessas de benefícios as poucas vezes que viaja no ano. Obviamente que existem casos de pessoas que viajam a trabalho, e isso pode vir a valer a pena, mas faça uma reflexão e pergunte a si mesmo: Vale a pena no seu caso? Então não fique se torturando em qual programa seguir, creditar, ou pegar status, e seja fiel ao seu bolso, gastando com aquilo que irá fazer você feliz, pois esse apego ao status pode se tornar um encosto, e te deixar em depressão, como vários casos que eu tenho conhecimento, e vocês podem constatar acessando as histórias dos fóruns americanos. Boa Viagem.

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