Iberia divulga retratação nas suas redes sociais porém não convence

A cia aérea Iberia divulgou hoje um pedido de desculpas pelo “suposto erro” de tarifas entre Rio de Janeiro e Paris por 1.200 reais sem o direito de despachar bagagens. Você pode conferir nosso artigo clicando aqui.

Ocorre que a cia aérea cobra quase 700 reais para despachar 1 mala, e se somado a esse valor, o total seria de quase 2 mil reais, o que é o valor normal de uma tarifa promocional com bagagem despachada para a Europa.

Ora, o valor de 1.200 reais, por mais sensacional que seja, está longe de ser considerado um erro de tarifa, visto que já tivemos no passado passagens entre 1.200 e 1.400 reais com a própria Iberia para a Europa e com bagagem inclusa.

Logo, o erro alegado pela cia aérea não procede, e a empresa se aproveitou do valor em dólar, para tentar “forçar” o então suposto erro, pois nossa moeda está bem desvalorizada.

Ainda temos o fator pandemia, pois muitas cias aéreas em função do período que estamos enfrentando tem feito promoções agressivas para angariar clientes, principalmente as cias aéreas, como por exemplo a United que fez Rio – Atlanta a 4.300 reais em classe executiva e a Latam que fez Rio – Lisboa a 4.800 reias em classe executiva, ambas passagens de ida e volta com direito a despacho de bagagem.

Então a alegação da Iberia não prospera pois trata-se uma alegação de erro não escusável, ou seja, não foi um erro grotesco que permitisse ao cliente diferenciar a oferta entre real ou ínfima.

O correto seria a cia aérea honrar todos os bilhetes, e por isso disponibilizamos um modelo de petição para quem assim desejar busque seus direitos na justiça, lembrando que nada de errado existe nisso.

Infelizmente ao longo dos anos tem sido feita uma campanha para que as pessoas não recorram a Justiça, mas se a cia aérea falha e é um direito do cidadão, é isso que todos devem fazer. Ora, se não existissem falhas, não haveria razão para recorrer a Justiça. 

Nós sempre nos colocaremos ao lado dos leitores, consumidores, que são de fato o lado mais fraco da relação de consumo, pois todos nós somos reféns daquilo que as cias aéreas fazem conosco cotidianamente. Conte conosco para fazer valer seu direito!