A American Airlines inaugurou seu programa remodelado 2 dias atrás com apenas 1 métrica, os pontos de lealdade, porém isso não é verdade, existem 2 métricas, os pontos de lealdade que valem e os que não valem. 

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Além disso a cia anunciou uma mudança impactante na questão de upgrades domésticos nos EUA, Canadá e México, o que vai tornar quase impossível conseguir um upgrade nessas regiões.

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Primeiramente vamos falar sobre o programa remodelado, que anuncia ter somente uma métrica que são os pontos de lealdade, porém estudando mais a fundo, percebemos que na verdade existem duas métricas: Os pontos de lealdade de qualificação e os pontos de lealdade de resgate. Como diferenciar um do outro?

Bom, isso está sendo muito complicado, pois não existe uma tabela taxativa, mas sim apenas exemplificativa como por exemplo voos, bônus de voos, gasto base em cartões e parceiros.

Sabemos que por exemplo bônus de adesão ao cartão não contabilizam os pontos de lealdade, mas são milhas de resgate da American assim como bônus de promoção em compras, restaurantes e afins. 

Outra coisa que também não contabiliza pontos de lealdade são as milhas compradas do programa, que no entanto contabiliza milhas de resgate.

Na realidade a American fez um “misturado” e deu novo nome e em virtude da pandemia permitiu que algumas categorias passassem a contar para qualificação como por exemplo o gasto base no cartão de crédito, porém dobrou os níveis de qualificação.

Basicamente uma pessoa que começar agora no programa se tiver um gasto aproximado de 100 mil reais ano no cartão de crédito precisará gastar cerca de 24 mil dólares para obter a categoria máxima do programa, um valor altíssimo.

A American também suspendeu todos os matches e challenges até o 2º trimestre desse ano. Além de tudo isso, a cia aérea ainda mudou como são concedidos os upgrades dentro da região da América do Norte.

Anteriormente os upgrades eram concedidos na forma de “stickers” que são cupons para cada 500 milhas de voo, ou seja, um voo entre Dallas e Los Angeles necessitava 3 stickers pois o voo seria de cerca de 1.500 milhas.

Ocorre que esses stickers poderiam ser comprados ou recebidos a medida que você voasse 12.500 milhas com a American, recebendo então 4 cupons gratuitos.

Agora, a American copiou a Delta e a United implementando o “stickerless” upgrade, que dá a oportunidade de todos entrarem em lista apenas com base no status, e isso é ruim porque antes, apenas quem possuía sticker estava elegível, e a pessoa poderia não querer gastar dinheiro com sticker para fazer upgrade, mas agora que todos são elegíveis passaremos a ver aquelas filas enormes de upgrade e praticamente sem liberação, apenas para aqueles que possuem status mais alto, no caso do EXECUTIVE PLATINUM.

Então, o que já era difícil passou a ser quase impossível, com raríssimas exceções. As cias aéreas tiveram um bom tempo na pandemia para privilegiar os seus clientes, mas não foi isso que aconteceu.

Infelizmente aumentaram as métricas, mesmo considerando gasto do cartão de crédito, ainda exige-se mais daquele cliente que opta por voar com a cia aérea, ou seja, pune-se o viajante frequente em função do cliente que gasta no cartão e pode até vir a voar com outra cia aérea, como o nosso caso, que utilizamos o cartão aadvantage para comprar as passagens da United.