Bom, o que falar? As mudanças estão aí. Obviamente que o programa ficou um pouco pior, mas nada tão catastrófico como alguns blogueiros estavam alardeando. Não haverá gasto mínimo para a categoria elite, e isso por si só já é uma grande vantagem. Mas vamos falar sério, está chegando ao fim a era dos programas de fidelidade, e esses estão se tornando programas de cashback numa escala desprezível. É minha opinião pessoal que a Latam jogou no lixo uma excelente oportunidade para se destacar dentre vários para se consagrar como o melhor programa de fidelidade, no entanto optou pela lata do lixo.
E agora? O Mercado está mudando, e as cias aéreas querem que o cliente pague por aquilo que ele quer, simples assim, porém existe um erro sistêmico nisso tudo que talvez ninguém tenha levado em consideração, a não ser o meu amigo Dr. Luiz Danna nesse artigo de alto nível que ele escreveu aqui há um tempo atrás, e repito, para as cias aéreas não se trata de “dar” ou “presentear” o cliente, mas gerencias as “sobras”, ou alguém acredita piamente que uma empresa aérea irá confirmar o upgrade podendo vender o assento?
Todavia o maior problema vem ser aquele mal da caixa de Pandora, a esperança, que tem sido um verdadeiro farol na vida dos funcionários, pois quando a cia não vende assentos, nem faz upgrade, quem fazem a festa são os funcionários D1/D3 na lista de espera, e acredite, não são poucos, logo duvide quando você ver uma executiva lotada, pois metade ou mais pode ser de passageiros não pagantes.
O que mais achei “engraçado” é que ambos os programas da Latam e da American se complementam num sentindo de que se você voar em classe executiva é melhor sempre comprar passagem na empresa parceira, pois você irá receber mais milhas ou pontos no programa da outra cia do que a própria oferece, o que é incrível, ou burrice. Por exemplo, eu prefiro hoje comprar uma executiva na LATAM e pontuar no AAdvantage, do que comprar a executiva na própria American, e a recíproca será verdadeira quando da implementação do novo programa, ou seja, será melhor comprar executiva na American e pontuar no Latam Fidelidade, do que o comprar diretamente com a LATAM. Fica uma embolação, mas basicamente é se você é fiel ao LATAM Fidelidade será melhor gastar mais nas parceiras da Latam do que com ela própria, e o mesmo é verdade também para a American Airlines, no que me parece as cias aéreas dirigindo revenue para seus parceiros, por causa de migalhas em fidelidade, pois a diferença é significativa para o cliente, mas é irrisória para a cia aérea, já que essa controla e gerencia as “sobras” como aponta o Mestre Dr. Luiz Danna.
Então é isso, nem tem muito o que se falar a respeito. Na minha construção atual de fidelidade farei o seguinte, voando Latam no Brasil enviarei os pontos para o Latam Fidelidade, e no Internacional para o AAdvantage, e com a American, todos os pontos para o Latam Fidelidade. Esse será o meu procedimento, mas não quer dizer que você deva seguir. Veja o seu hábito, compare e escolha sempre um programa principal e um de back-up. No fim do ano como sempre irei elaborar os relatórios de inteligência para os principais programas utilizados no Brasil para te ajudar a balizar sua experiência futura, e como melhor aproveitar dos mesmos. Boa Viagem.