[dropcap]O[/dropcap] colega Gary Leff do “Vista da Asa” publicou um texto relatando que a American Airlines está trabalhando para melhorar o seu programa “Lifetime”, aquele que você adquire status elite vitalício ao atingir 1 e 2 milhões de milhas voadas.

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Atualmente é o pior de todos os programas americanos e isso tem causado uma debandada da cia aérea, eu inclusive, que já no nível mais alto, quer angariar categorias elite melhores em outras cias aéreas como a United por exemplo, que além de oferecer a categoria elite para você, ainda oferece para alguém que você nomeia anualmente.

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Na American você recebe o GOLD vitalício com 1 milhão de milhas e o PLATINUM com 2 milhões de milhas, e desde 2017 o status TOP (Platinum) se desvalorizou demais em função da inclusão do PLATINUM PRO e da oficialização do CONCIERGE KEY.

Ocorre que até Novembro de 2011 todas as milhas contavam para a qualificação Lifetime, inclusive aquelas vindas de parceiros como bancos, compras, aluguel de carro, bônus e demais, ou seja, qualquer milha contava para o nível lifetime, logo é muito comum para alguns americanos terem em suas contas 10 ou mais milhões de milhas sem nunca ter voada AA.

De acordo com o Gary uma solução para manter o programa competitivo seria, além das milhas, exigir um número de qualificação anual obrigatória e ele fez uma sugestão lá no site dele, e a minha seria a seguinte, a qual já tinha sido enviada para a AA em 2012 num grupo de trabalho que eles criaram e me convidaram para participar. Foi o seguinte:

GOLD Vitalício: 1 milhão de milhas + 5 anos de Status Gold ou superior + 10 anos de programa;

PLATINUM Vitalício: 2 milhões de milhas + 7 anos de Status Platinum ou superior + 12 anos de programa;

PLATINUM PRO Vitalício: 3 milhões de milhas + 9 anos de Status Platinum Pro ou superior + 12 anos de programa;

EXECUTIVE PLATINUM Vitalício: 4 milhões de milhas + 11 anos de Status Executive Platinum ou superior + 15 anos de programa;

CONCIERGE KEY Vitalício: 5 milhões de milhas + 15 anos de Status Executive Platinum ou superior + 20 anos de programa;

Agora vou explicar porque fomos “rigorosos”. Perceba que um passageiro, caso tenha disponibilidade e dinheiro consegue voar até pouco mais de 1 milhão de milhas por ano, temos até o caso do Thomas Stucker que já tem mais de 20 milhões de milhas voadas somente na United, sem contar outras cias aéreas. 

Com isso é necessário ser justo com quem se requalifica todo ano, e uma pessoa que começa a trabalhar num ritmo de viagens pesado (famosos “Road Warrior”) com 30 anos, poderiam ter a chance de se tornar CK com 50 anos de idade, ou seja, uma bela faixa etária.

Mas por que incluiríamos tempo de programa na qualificação lifetime? Simples, para evitar que passageiros com menos de 20 anos de idade sejam CK Lifetime. Mas isso é possível? Sim, já conhecemos 2 CKs, ambos menores de 18 anos, pois existem crianças e até mesmo bebes que em função do trabalho dos pais tem um ritmo de viagem elevado, e por vezes até mais do que muito “Road Warrior”. 

Além disso seria um baita prejuízo para a American conceder o status vitalício para alguém menor do que 20 anos de idade, o que tecnicamente seria possível acontecer sem o freio do tempo do programa a ser considerado.

Agora só nos resta a aguardar e torcer para que a American melhore logo o seu programa lifetime, pois nesse caso será desnecessário o gasto mínimo anual e mais uma vez torna o programa atrativo, e possivelmente me faria parar de voar a United até chegar nos 5 milhões de milhas com a AA ou Oneworld conforme o novo programa deles.

E você? O que acha? Isso faria alguma diferença para você? Concorda com nossos “freios e contra-pesos” ou você iria sugerir algo diferente?