A JetBlue nos Estados Unidos acaba de revitalizar o seu programa de fidelidade tornando o muito mais atrativo, lembrando que aquela empresa foi fundada pelo mesmo criador da Azul linhas aéreas.

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Infelizmente no Brasil não existe mais a mentalidade de fidelidade e benefícios consistentes como ainda ocorre nos EUA e parte dos programas internacionais. E a grande verdade é que NÓS somos os grandes culpados disso. Sabe por quê? Porque aceitamos tudo.

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Nós aceitamos o fechamento das salas GOL premium sem qualquer justifica razoável já num momento seguro de reabertura. Nós aceitamos as constantes falhas da LATAM. Nós aceitamos o péssimo programa da Azul. Nós aceitamos as mudanças abusivas do Smiles. Mas o que podemos fazer?

É outra grande verdade que somos reféns das cias aéreas, sendo o máximo que podemos fazer é processar para ter um direito efetivado, e aqui sempre aparece aquela conversa de judicialização, como se o brasileiro fosse o que mais processasse no mundo, ora, pois quase cotidianamente temos nossos direitos sendo violados, e nem mesmo a lei ou resolução da ANAC coíbem esse abuso.

Mas são pequenas atitudes que podem melhorar esse mercado, a primeira é dar preferência para programas internacionais. Vai voar com a GOL? Credite os pontos na AA. Vai voar com a Latam? Credite os pontos na Delta. Vai voar com a Azul? Credite os pontos na United.

Esqueça os cartões de crédito cobranded, ingresse na justiça para fazer valer seu direito, não aceite passivamente alterações involuntárias com sua reserva de voo. Dê preferência aos parceiros de marketplace dos programas de banco e não da cia aérea.

Atualmente no Brasil, nenhum programa nacional tem os seus pontos que não expiram nunca, enquanto que nos EUA, somente a AA expira as milhas e isso se não houver movimentação dentro dos últimos 18 meses.

Os programas nacionais abusam demais dos seus clientes, e alguns chegam a audácia de dificultar o uso das milhas e pontos na tentativa clara de que essas expirem para auferir lucro. E aqui nada contra o lucro, mas algo que seja equilibrado, onde todos ganham. 

Estamos nos aproximando de 2022 saindo de uma pandemia, e absolutamente nada melhorou nos programas nacionais, ainda mais nesse período que o cliente que está voando, o qual deveria ser altamente privilegiado.

Mas de novo, grande parte disso tudo se deve a nós, que aceitamos em grande maioria os abusos cometidos de forma calada. E só depende de nós evoluir em 2022 e prestigiar aqueles programas que nos ajudarão a viajar mais de verdade e sem problemas.

Jamais iremos esconder ou maquiar a verdade com os programas nacionais e esperamos que em 2022 possa haver evolução, caso contrário continuaremos aqui trazendo as inconveniências na tentativa de expor e forçar uma melhora, o que ultimamente tem sido muito difícil. 

E você? Já pensou em como agir em 2022?