Prezados,
Eu me surpreendi comigo mesmo. Achei que esse ano fosse continuar acumulando milhas no AAdvantage, mas depois de fazer uma reflexão mais profunda, e ver todos os prós e contras, decidir abandonar o programa por 3 motivos principais, o primeiro é que realmente não concederão o nenhum mais status após os 3 milhões de milhas, e isso estava sendo um dos principais motivadores para mim já que estou com pouco mais de 2,7M. O segundo motivo é a questão do gasto mínimo, o que nem considero tão ruim assim já que existe maneiras de contornar como a excelente tarifa, e passagem que me foi enviada pelo amigo Gabriel Gasparetto alguns dias atrás (Londres-Sydney a 3.500 USD em First da Malaysia), mas isso me causou um mal estar por solidariedade aos diversos membros do programa no mundo, pois acho injusto cobrar gasto mínimo em dólares para membros em todo o mundo como se a realidade econômica dos EUA fosse padrão. E por fim a questão do Revenue em cópia as demais, não pelas milhas em si, mas pela noção que a atual administração da American te passa com essa decisão de copiar religiosamente os demais programas, de que irão piorar o máximo, mas no limiar do possível para “parecerem” que ainda tem um bom programa, o que já não é mais verdade.
Com isso, por que antes voava AA? Porque os benefícios que podia tirar eram muito valiosos, como por exemplo voar em cabines de empresas que, caso fosse pagar, jamais teria a oportunidade de fazê-lo. Isso, apesar de não ser difícil, era um jogo legal, pois era “barato” e “proveitoso” pois você pagava uma passagem barata para a China e ainda conseguia upgrades, e ganhava uma quantidade razoável de milhas. Agora com o CK virando status sem publicação de qualificação, o EXP será o segundo da fila, e poderá ficar mais atrás já que a prioridade de upgrades será via EQD.
De posse de toda essa informação, me perguntei o que eu valorizo em uma viagem, e a resposta foram duas coisas: Upgrades, e Milhas. Com isso, ao estudar outros programas e baseado no meu padrão de viagens (Executivas promocionais) e flexibilidade decidi acumular pontos no British Airways Executive Club por 2 questões principais, o número de Avios concedidos para o último nível elite é muito generoso, e esse mesmo nível elite, o GOLD, é concedido Lifetime com 35 mil Tier points, que com meus cálculos é possível atingir em pouco menos de 10 anos com um regime de 5 viagens de executiva promocional no ano com a aliança Oneworld e Parceiras, podendo diminuir se você utilizar conexões.
Isso pode não ser difícil de atingir tendo visto a oferta de passagens em classe executiva pela aliança Oneworld para voos para fora do Brasil, em especial LATAM, Brititsh, Iberia, e Qatar. Também vale lembrar que ainda esse ano iremos ter a estréia do voo RIO – DOHA, e certamente poderão vir promoções em executiva para encher o voo, não necessariamente para DOHA, mas para destinos finais como Ásia e Pacífico Sul, já que Doha é um excelente ponto de conexão para esses destinos longínquos.
Com isso matamos a questão do upgrade, pois a partir do momento que você voa em Executiva promocional o upgrade deixa de ser interessante, e eventualmente você precise voar em classe econômica o BA Gold te dá 4 EVIPS ao atingir uma qualificação de 3.500 tier points, mais ou menos algo em torno de 120 mil milhas voadas se for calcular, sendo menos, 80 mil se for em executiva.
Bom, e a questão dos Avios, você além de receber uma porção generosa, ainda pode contar com o recurso da família, ou seja, você pode listar até 6 pessoas da família para transferir Avios entre essas contas sem custo algum. Abaixo segue um exemplo de acúmulo nas tarifas mais baratas por exemplo uma ponte Rio – SP, depois Rio – Miami, e enfim Rio – Londres, cada uma com uma cia aérea e seu respectivo programa de Fidelidade:
Rio -SP: (Voo com Latam) – Nível Elite Máximo de cada programa
LATAM Fidelidade: 1.000 pontos

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AAdvantage: 52 pontos
BAEC: 125 pontos

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Rio – Miami: (Voo com AA)
LATAM Fidelidade: 4066 pontos

AAdvantage: Baseado na Tarifa, 11 mil pontos a cada 1K USD
BAEC: 5.205 pontos

Rio – Londres (Voo com BA)
Latam Fidelidade: 5.700 pontos

AAdvantage: 1.425 pontos
BAEC: 7.210 pontos

Então perceba que tirando o voo Latam, em função da milhagem mínima garantida, o BAEC é melhor em todos os cenários de 1 trecho só, se for uma viagem de ida e volta, passa a ser o dobro disso.
É isso, eu gostaria de compartilhar como será daqui para frente com base nessas reflexões, o meu perfil de fidelidade. Claro, que cada um deve escolher aquele que for melhor para o seu perfil pessoal, pois essa pergunta só quem pode responder é você, mas deixo aqui como será o meu para que os amigos entendam, e possam fazer reflexões com base nessa minha.
Eu, para 2017, já estava com qualificação EXP garantida na AA, com as passagens já compradas, mas estarei abrindo mão para chegar ao BA Gold, que deve ocorrer em meados de Junho, e pelo fato de ainda ser EXP, posso fazer uso dos benefícios na BA enquanto for status de nível baixo até alcançar o GOLD.
É incrível que a todo tempo eu tentei me manter fiel a American, e a mesma praticamente me expulsou do seu programa e consequentemente dos seus voos, deixando de arrecadar assim revenue da minha pessoa. Sou apenas um, mas se como eu existirem outros, esse efeito para a AA pode ser nada bom. Como o Dr.Luiz Danna mesmo disse, antes todos estavam muito bem e ganhando, tanto o cliente quanto a cia aérea, e confesso que será uma surpresa se a AA continuar tendo lucros recordes, pois essas atitudes na minha opinião só tendem a expulsar os clientes elites da cia, sejam eles EXP ou não, e ainda ficar com fama de mercenária, e favorecer a escolha psicológica de alguns outros clientes para a Low Cost.
Obviamente que as “Mileage Run” foram sepultadas de vez. Um ótimo 2017 a todos, e que todos possam viajar confortavelmente com seu programa de escolha. 🙂