[dropcap]F[/dropcap]oi feito um lobby exaustivo perante a ANAC para a liberação da resolução 400 que institui a permissão da cobrança de bagagem extinguindo um dos direitos do consumidor que era uma franquia de bagagem fixa.

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O maior argumento utilizado foi que com a autorização dessa cobrança o valor médio das passagens aéreas iria cair, porém após exatos seis meses da implementação da medida a realidade é outra, os valores não diminuíram e não irão diminuir. Você sabe por quê?

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A resposta é simples, porque somos brasileiros, e o brasileiro “padrão” quer evitar custos e economizar de toda forma. Com isso, se agora não é mais permitido despachar bagagem sem custo, o brasileiro não irá fazê-lo, mas sim levar tudo que precisa na sua mala de mão abarrotada, ou ainda recorrer a métodos para garantir status elite no programa da cia aérea  com a finalidade de despachar bagagem de forma gratuita.

O Brasileiro é extremamente criativo e inteligente, e não será a imposição de cobrança de bagagem que o fará desembolsar mais, e foi exatamente por isso que os valores das passagens aéreas subiram ao invés de cair como “previsto”.

Ao invés de se permitir ser “achacado” pelas cias aéreas, o Brasileiro preferiu recorrer a outros métodos a fim de evitar essa cobrança, e com isso, a empresa aérea, mesmo tendo conseguido abolir um direito do Brasileiro, se viu na mesma situação, a de não conseguir arrecadar fundos extras suficientes com a cobrança abusiva das bagagens, e consequentemente aumentou o valor de suas passagens contrariando sua própria previsão.

As empresas precisam dar mais créditos aos consumidores brasileiros em função de sua criatividade e inteligência, pois a única forma de arrecadarem mais é oferecer um serviço de qualidade com um programa de fidelidade que recompense de verdade a lealdade de seu cliente, o que não ocorre nesse momento, logo quem ainda tem esperança de que os valores baixem, é lamentável informar que isso infelizmente não irá acontecer. 

E  o pior de tudo ainda está por vir, pois recebemos informações de que a ABEMF está fazendo um lobby pesadíssimo para impor a proibição da alienação de suas milhas e pontos, e se isso passar, certamente será mais uma dificuldade imposta ao consumidor Brasileiro, que só vem perdendo ultimamente. A conferir as cenas dos próximos capítulos.